quarta-feira, 7 de maio de 2014

Página na internet ajuda a mapear locais e formas de assédio no país.

Para evitar o assédio, mulheres estão usando apitos em transporte público.
Chega de Fiu-Fiu já recebeu 700 denúncias.




As mulheres estão cada vez mais unidas contra o assédio sexual no transporte público e querem que as vítimas denunciem o agressor. “Uma das grandes dificuldades é a paralisia que a mulher sofre. Ela se sente envergonhada e assume uma culpa que não existe, mas ela se sente culpada ou pela roupa, pela forma de andar, de se mostrar. Se sente culpada por ser mulher”, explica a presidente da Associação das Advogadas, Estagiárias e Acadêmicas SPRosana Chiavassa.
Os molestadores costumam agir também em lugares onde tem muita gente. Nos vagões de trem e metrô e em ônibus os assédios são frequentes. Na multidão, o agressor passa despercebido e, se alguém notar, fica mais fácil sumir no meio de outras pessoas.
A publicitária Maressa Reis Souza já foi vítima de assédio físico no transporte público. Ela reagiu, questionou o agressor e hoje faz parte de um grupo que incentiva a ação feminina. O apito é a arma delas para intimidar os agressores se vir alguém em situação constrangedora ou se estiver sendo assediada.
Quem quiser fazer uma denúncia sobre assédio tem uma nova ferramenta. O Chega de Fiu-Fiudisponibilizou um mapa e já recebeu 700 denúncias - 30% são de assédio verbal, uma forma de agressão que muitas vezes é relevada pela sociedade e desconsiderada pela polícia.
“O mapa é aberto, então todo mundo pode entrar, checar sua rua, enxergar sua cidade, enxergar esses pontos problemáticos e tentar buscar soluções - não só por conta própria, mas também pressionar o poder público da sua região para tentar solucionar esses casos”, explica a idealizadora do site Juliana de Faria.
Fonte:http://g1.globo.com/jornal-hoje

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